Atenção! O Portal dos Bancários RS utiliza cookies neste site, eles são utilizados para melhorar a sua experiência de uso e estatísticos.

#IGUALDADEDEGÊNERO | 28/03/2025
Mais mulheres na TI: movimento sindical apresenta programa para Ministério da Mulher

Iniciativa de promoção de equidade de gênero no setor de tecnologia é conquista da categoria na Convenção Coletiva de Trabalho.

Bancárias do movimento sindical apresentaram, nesta quinta-feira (27/3), o programa "Mais mulheres na TI" para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, em Brasília. A iniciativa para promoção de equidade de gênero no setor é uma conquista da categoria, obtida na última Campanha Nacional de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), gerando dois cursos financiados pelos bancos de capacitação de mulheres na área tecnológica, com prioridade às negras, com deficiência, mães e trans.

São 3.100 bolsas de estudos, sendo 3.000 da escola PrograMaria e 100 da escola Laboratória. Para realizarem os cursos, as candidatas não precisam ter conhecimento prévio na área de tecnologia da informação. A diferença entre os cursos são carga horária e áreas de aprendizado. A primeira fase de inscrições já se encerrou. Clique aqui e saiba mais.

A secretária-geral do SindBancários, Sabrina Muniz, que esteve presente no encontro, considera que o programa é essencial como forma de olhar para o futuro das mulheres no mercado de trabalho como um todo, não só no meio bancário. "A TI está cada vez mais tomando conta do mercado. Os bancos aumentaram muito os cargos na área, passando de 5% em 2012 para mais de 12% em 2023. Agora, já devemos estar na casa dos 15% ou mais. Por outro lado, vem ocorrendo diminuição do número de mulheres na TI nos bancos nos últimos 13 anos, com redução de 31,9% para 25,2%. E apenas 6% dos cargos são ocupados por mulheres negras. Se a gente quer pensar num mundo do trabalho mais justo e igualitário, precisamos desse tipo de programa para garantir a inserção das mulheres na área de TI", ponderou.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, ressaltou que essa conquista só foi possível por conta de "uma construção" de direitos adquiridos pelas bancárias na mesa de negociação "Igualdade de Oportunidade", formada por representantes sindicais e por representantes dos bancos, que está prestes a completar 24 anos de existência. Ela ressaltou ainda que a iniciativa de formar mulheres na TI foi embasada por dados técnicos do setor bancário, feitos pelo movimento sindical. "Quando olhamos os dados [de gênero] da categoria, verificamos que, de 2020 para cá, 96% dos postos de trabalho fechados no setor nosso, financeiro, foram de mulheres. Isso é muito grave", observou.

"Nós, mulheres, estamos alijadas desse espaço. E, na nossa categoria, desde que teve a pandemia, tivemos um aumento no número de trabalhadores na área de TI, porém, só 25% [hoje] são mulheres (...) Das pessoas que se graduaram recentemente em Ciências de Dados, só 20% são mulheres. E nem todas elas ficam [no mercado de TI]. E nós sabemos as razões disso: a tripla jornada, cuidado com os filhos, é um ambiente [predominantemente] masculino”, explicou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, que também é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Fernanda, por sua vez, lembrou que a sub-representação de mulheres no setor de tecnologia também está ligada à falta de incentivo "desde criança", por isso o universo da tecnologia acaba dominado por figuras masculinas, prejudicando, até mesmo, a permanência de mulheres que conseguem acessar alguma vaga. "É importante atuarmos como sindicato cidadão. Por isso, nosso programa não tem como objetivo somente preparar mulheres em tecnologia para os bancos, mas para todo o mercado de trabalho. Porque não adianta mudar internamente, somente o setor bancário, e não mudar o restante da sociedade", concluiu.

Ministra das Mulheres: "uma grande conquista"

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, parabenizou as bancárias pela iniciativa. “Acho que vamos conseguir fazer uma grande diferença. (...) Para começar, temos de dar um primeiro passo. Hoje são 3.100, daqui a pouco serão 6.200, até a hora que teremos todas as mulheres do Brasil para estarem ou não saírem destes espaços”, concluiu.

A porta-voz da pasta também apresentou o Programa Asas Para o Futuro, que também incentiva a inserção de mulheres em setores da tecnologia, energia, infraestrutura, logística, transportes, ciência e inovação, e com prioridade às candidatas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, negras e indígenas.

Fotos: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ministério das Mulheres

 

Fonte: SindBancários Poa e Contraf-CUT

OUTRAS MATÉRIAS
#ECONOMIA | 31/10/2025
Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
Junto à menor taxa de desemprego já registrada desde 2012, país apresenta índices positivos no mercado de trabalho: ‘reflexos de investimentos públicos e sociais planejados, que aquecem a economia e melhoram a qualidade de vida de famílias’
#MOVIMENTOSINDICAL | 31/10/2025
Centrais sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da classe trabalhadora
Participaram do encontro a vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, e o presidente a Central, Sérgio Nobre.
#BANRISUL | 31/10/2025
ATENÇÃO BANRISULENSE: NÃO FIQUE DE FORA DO DEBATE!
Participe do encontro virtual para debater PPR