Reunião ocorreu nesta sexta-feira, no SindBancários, e tratou dos avanços conquistados no último ACT.
O Coletivo Estadual do Itaú Unibanco reuniu-se com representantes do Banco no SindBancários Porto Alegre e Região nesta sexta-feira, 4 de abril. O encontro contou com a presença da superintendente de Relações do Trabalho do Banco, Marina Madeira de Faria, além dos representantes do setor de Relações Sindicais do Itaú Fernanda Santos Nascimento, Carlos Sobrinho e Gustavo Barbosa.
O presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, deu as boas vindas aos representantes dos bancos e colegas dos demais sindicatos, destacando a importância do diálogo. O diretor da Fetrafi-RS Juberlei Bacelo ressaltou o pioneirismo da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú no fechamento de acordos coletivos, pautando, inclusive, as negociações para a Convenção Coletiva de Trabalho com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
A reunião focou na apresentação mais detalhada dos avanços do último ACT. Teletrabalho, bolsa auxílio-educação, ponto eletrônico, validação de ponto e compensação de jornada foram os tópicos principais. Outro tema bastante discutido foi a redução de metas e as denúncias de assédio.
Segundo Marina, as negociações com o movimento sindical representam um avanço dentro do Banco, uma mudança de paradigma. “Antes pensavam que tudo que se fazia via sindicato representava uma perda de autonomia. E aos poucos conseguimos demonstrar o contrário, que os acordos coletivos dão segurança para para a tomada de decisões. Se está em acordo coletivo assinado, a gente não faz nada que não seja combinado com os sindicatos”, explicou.
A superintendente também adiantou duas ações que o banco vai lançar nos próximos dias: a campanha de vacinação contra a gripe, que inclui a rede de agências do Rio Grande do Sul entre as prioridades, a pedido do movimento sindical; e um novo canal de denúncias para encaminhamento de questões relacionadas ao assédio.
Apesar das iniciativas apresentadas pelo Itaú, os sindicalistas cobraram mais efetividade na resolução dos conflitos. Segundo eles, os colegas não se sentem à vontade para utilizar o Ombudsman, meio pelo qual a empresa recebe críticas e reclamações, pois é necessário que se identifiquem pelo CPF. Além disso, não percebem uma melhora do ambiente ou punição para os gestores que cometem os atos denunciados.
Marina defendeu as ações do Banco e disse que 170 pessoas foram desligadas da empresa (em todo o país) após apuração dos fatos encaminhados via Ombudsman. Questionada sobre a relação entre metas abusivas e o adoecimento mental da categoria, o que foi comprovado em pesquisas encomendadas pela Contraf-CUT, Marina respondeu que não credita o fato exclusivamente às metas abusivas, que considera a questão mais complexa, mas que a empresa vem trabalhando para minimizar as cobranças excessivas.
“Avançamos muito nas negociações do nosso último ACT, mas está claro que precisamos avançar ainda mais, principalmente com relação aos cuidados com a saúde mental dos trabalhadores. Vamos continuar cobrando o banco para que os canais propostos funcionem”, afirmou Eduardo Munhoz, o Dudu, representante do estado na COE Itaú.
Fonte: SindBancários Poa e Região