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Banrisul | 08/11/2024
Ato cobra PPR justo para todos os trabalhadores do Banrisul

O movimento sindical organizou um Ato Estadual por PPR justo no Banrisul, nesta quarta-feira (7/11), em frente ao prédio da Direção Geral (DG), próximo à agência central do banco, na Praça da Alfândega, no Centro da Capital. Banrisulenses e dirigentes da Fetrafi-RS, do SindBancários Porto Alegre e Região e de diversos sindicatos da Região Metropolitana e Interior do estado participaram da mobilização.

A atividade foi organizada após a rejeição dos trabalhadores à proposta de PPR do Banrisul, em assembleias realizadas na última terça (5). Na base de Porto Alegre, dos 1.972 votantes, 75,56% foram contra a aceitação. As entidades sindicais haviam indicado o voto “não”, por entender que a proposta cria disparidade entre os trabalhadores, beneficiando aqueles de mais alto escalão, além de reduzir o valor a ser recebido em relação ao PPR do ano passado e elevar o gatilho de metas para que os banrisulenses façam jus ao benefício.

O movimento sindical reivindica da direção do banco uma proposta de PPR que seja justa para todos os trabalhadores. “Na hora de cobrar metas e resultados eles estão aí presentes, realizando, muitas vezes, assédio moral e adoecendo os colegas. Agora, na hora de dar o retorno da remuneração discriminam, privilegiam os altos salários, em detrimento da maioria dos trabalhadores que fazem o resultado do banco”, denunciou Mauro Salles, diretor do SindBancários Porto Alegre e Região e secretário da Contraf-CUT.

Diretor do SindBancários Porto Alegre e Região e da Fetrafi-RS, Sérgio Hoff relatou que, desde o ano passado, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) dialoga com o Banrisul sobre os problemas das construções das metas e o quanto são nocivas e abusivas. “A partir disso tentamos construir uma proposta de PPR que fosse minimamente equânime em seus critérios. Mas o banco apresentou uma proposta indecente e ainda se retirou da mesa, passando a se comunicar por ofício. A negociação é na mesa, não no papel nem por e-mail. Então esperamos que a diretoria reveja sua postura de tentar arrochar os colegas, aumentando o ganho só de alguns cargos em função da produção de outros, e volte a negociar”, defendeu.

Para Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS, o Banrisul pediu uma resposta e os trabalhadores deram, com a rejeição à proposta nas assembleias em todas as bases. "Agora a bola está com o banco, a diretoria tem que voltar pro jogo e debater o que significam essas metas absurdas que ninguém mais entende, pois mudam a cada dia. E além de discutirmos os padrões de PPR, temos que discutir também os parâmetros dessas metas abusivas", salientou. 

Os diretores da Federação Fábio Soares e Ana Betim Furquim reforçaram o desrespeito com os banrisulenses que a proposta de PPR apresentada representa. “O Banrisul não é da diretoria e sim do RS, é importantíssimo pro desenvolvimento do nosso estado e o banco não pode brincar, não pode retroceder, tem que avançar, e para isso tem que respeitar para ser respeitado. Essa é a indignação que trazemos para esse ato, que esperamos que seja único, que logo seja retomada a negociação”, salientou Fábio.

"Essa proposta é uma falta de respeito ao movimento sindical e aos trabalhadores, que são quem se dedicam no dia-a-dia do banco para o atendimento à população. Queremos achar que foi um equívoco da direção, o que acontece, então esperamos que possam nos demonstrar isso com uma nova proposta de PPR em que todos recebam, pois todo mundo trabalha, especialmente os colegas das agências, portanto merecem respeito", opinou Ana.

Após o encerramento das falas dos dirigentes foi oferecido salchipão aos trabalhadores do banco e à população que passava pelo local.

   

   

Jornalista/Fonte

Imprensa SindBancários

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