Durante plenária estadual, na noite desta quinta-feira (24/10), empregados(as) da Caixa avalariam proposta do Banco para resolver o impasse relativo aos caixas e tesoureiros.
Em setembro passado, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e representantes do Banco firmaram o Acordo Coletivo de Trabalho específico, deixando um ponto para ser debatido posteriormente: a situação dos caixas e tesoureiros, que gerou um grande impasse durante o período das negociações.
De acordo com o representante do Rio Grande do Sul no CEE Caixa, Lucas Cunha, a questão vem se arrastando desde 2022 e a postura da Caixa não muda: quer trocar as 500 novas nomeações para os cargos de caixa e tesoureiros, uma antiga reivindicação do Movimento Sindical, pelo fim das ações trabalhistas que cobram na Justiça o pagamento de conquistas como quebra de caixa, pausa 50/10 e sétima e oitava horas trabalhadas.
Lucas explicou que a CEE tende a aceitar a proposta desde que não seja aplicada àqueles e àquelas que já estão com ação judicial em andamento. Ou seja, o acordo impediria somente os futuros caixas e tesoureiros de acionarem a Justiça por essas razões. Diante do questionamento de que isso criaria duas classes de funcionários, o sindicalista argumentou que a Caixa vem "requentando" a proposta sistematicamente e trazendo novamente à Mesa de Negociação e que não aceitar o acordo prejudicaria mais pessoas, que são desviadas constantemente de suas funções, sem receber nada por isso.
"As nomeações corrigiriam a prática do desvio de funções, porque a Caixa alega que não precisa de mais caixas e tesoureiros, mas na verdade temos inúmeros relatos em todo o País de que constantemente funcionários de outros cargos são desviados para o caixa ou para a tesouraria", detalha Cunha.
A plenária contou com uma participação da categoria, em sua maioria caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor já efetivados em suas funções, que puderam opinar sobre a proposta em discussão. "Mas sentimos falta daqueles que exercem a função na prática, mas ainda não foram efetivados, que são o objeto dessa negociação. Por isso pedimos que esse público fique atento às notícias sobre as tratativas com a Caixa e procurem os seus sindicatos de base para expressar suas opiniões", ressaltou o representante da CEE Caixa no RS.
Durante a reunião, houve um apelo de que os avaliadores de penhor também sejam incluídos no acordo.
O próxima Mesa de Negociação para debater esse assunto está agendada para o dia 30 de outubro, em Brasília.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fetrafi-RS