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#CAMPANHASALARIAL | 12/07/2024
Banco do Brasil se compromete a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024

O Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período. A garantia foi dada pela direção do Banco do Brasil no início da terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), na tarde desta sexta-feira (12/07).

“Nós fizemos a cobrança logo no início da reunião, pois os trabalhadores estão ansiosos por esse retorno. O tema mexe diretamente com a vida dos caixas e precisa ser resolvido o quanto antes”, afirmou a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

O secretário-geral e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Gustavo Tabatinga Júnior, destacou que o ponto nem deveria ser debatido nesta reunião. "Mas não tivemos como não cobrar essa decisão. Precisamos tirar essa insegurança da cabeça dos trabalhadores, que contam com esta renda para os seus compromissos."

Priscila Aguirres, diretora da Fetrafi-RS,  avalia que "a definição quanto a não implementação de mudanças na PSO com respeito aos caixas neste momento é de grande importância para garantir o mínimo de tranquilidade aos colegas. Não podemos perder o foco da campanha salarial e a temática das clausulas sociais, então debater as demandas apontadas pelos bancários do BB foram trazidas e destacadas no teletrabalho e redução de jornada, embora o banco acene com a ampliação do teletrabalho, vemos que não está na velocidade que a categoria demanda e o formato obviamente está beneficiando muito mais os interesses do Banco do que dos funcionários e as nossas demandas tem exatamente a intenção de alinhar um meio termo mais justo."

Cláusulas sociais em debate

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.
 
Redução da jornada

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana. Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Banco de horas negativas

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alterativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.

Para Fernanda, “a reunião foi um avanço o banco querer tratar de forma negociada e não de forma judicial a gratificação dos caixas. Além disso, eles se mostraram receptivos em relação às nossas pautas, principalmente no teletrabalho, no qual garantiram não estar no escopo deles a redução do teletrabalho.”

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.


Fonte: Contraf-CUT

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