Durante a plenária regional (RS e SC), realizada na noite de sexta-feira (01/12), membros da CEE Caixa contaram em detalhes como foi o processo de negociação com o banco para renovação do Saúde Caixa e informaram que a proposta atingiu o limite do negociável neste momento. Portanto, a orientação é de que os(as) empregados(as) da Caixa votem favorável no dia 5 de dezembro.
Confira a minuta do acordo sobre o Saúde Caixa que será votado na rodada de assembleias
No entanto, ficou nítido que é preciso seguir lutando para derrubar o teto de contribuição da Caixa que hoje é de 6,5%. Só assim, será possível cumprir a proporção 70-30, prevista originalmente. "Não podemos desconsiderar que as negociações passadas foram feitas em um contexto de perda dos direitos dos trabalhadores. De 2016 a 2022, vivemos um período de resistência e agora de reconstrução, mas ainda com os reflexos das gestões anteriores", observou Fabiana Uehara, coordenadora da CEE Caixa.
Leonardo Quadros, membro da CEE e do GT Saúde Caixa, explicou em detalhes as mudanças no plano a partir do acordo, vigente até final de 2025. Segundo ele, o déficit de 2023 (R$ 422 milhões) foi resolvido sem a necessidade de pagamento de parcelas extras, usando as reservas técnicas e de contingência, com um incremento do banco no valor de R$ 177 milhões, referente às despesas de pessoal retroativo a 2021. Com o recurso, ainda haverá uma sobra de R$ 40 milhões para abater no déficit de R$ 660 milhões projeto para 2024. "Na prática, serão reajustadas apenas as mensalidades dos dependentes. Fica mantido o percentual de contribuição dos titulares de 3,5% sobre a remuneração base e o teto foi reduzido para 7%, contra 10% previsto na proposta original do banco", informou Quadros.
Ele apresentou tabelas comparativas do Saúde Caixa com planos de saúde de outras estatais, comprovando que a situação de déficit, em decorrência do aumento dos custos médicos e hospitalares, atingiu a todos e que há aspectos positivos no plano dos empregados da Caixa, em comparação com os demais. "O limite de comprometimento da renda do trabalhador de 7% é um dos menores, em comparação com outras estatais. Na Cassi (Banco do Brasil), por exemplo, o teto é 7,5%, com contribuição do titular de 4%, além de percentuais adicionais escalonados para dependentes", apontou.
Sabrina Muniz, diretora da Fetrafi-RS e representante do RS na CEE Caixa, também defendeu a aprovação da proposta. Para ela precisamos olhar a negociação como um todo e o cenário para que as mudanças urgentes e necessárias com relação ao Saúde Caixa possam acontecer. "Temos avanços importantes na proposta, porém, enquanto tivermos o teto estatutário que limita a participação da Caixa no Saúde Caixa, estaremos discutindo déficts. Por isso, precisamos intensificar a nossa mobilização para que a gente consiga derrubar ou pelo menos alterar esse teto. Outra questão muito relevante pela qual seguiremos lutando é para que os nossos colegas que entraram a partir de 01/09/18 possam levar o Saúde Caixa para a aposentadoria", completou.
A rodada de assembleias acontece na próxima terça, 05/12, em todo o Brasil. Podem votar todos(as) empregados(as) da Caixa, da ativa ou aposentados(as), sejam sindicalizados(as) ou não.
A Contraf-CUT disponibilizará uma plataforma ( VOTA BEM) para que os sindicatos realizem as assembleias de forma remota, pela internet. Neste caso, a votação acontece durante toda a terça-feira (05/12), das 7h00 e 23h30
E se quiser saber quanto terá que pagar caso a proposta seja aprovada, use o SIMULADOR. Ele te ajudará, inclusive, a comparar os valores a pagar no caso de recusa da proposta.