Estudo do Dieese aponta diferenças na expectativa de ganhos para os cargos envolvidos na reestruturação. Base será ouvida antes da próxima Mesa.
Na segunda rodada de negociação para renovação do acordo do Programa de Participação em Resultados (PPR) do Banrisul, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (30/10) na sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) trouxe para a mesa uma análise do documento, elaborada pela assessoria do Dieese, apontando divergência quanto à redução de targets, que atinge alguns cargos e funções.
Foi ressaltado na mesa pelos representantes do Banco que as alterações no texto do acordo se fizeram necessárias devido à reestruturação recente.
Outro tema, trazido com destaque pelos sindicalistas ao debate, foi a demanda de semestralização do PPR. Para os membros da COE, é necessário encontrar um equilíbrio entre o auferimento de resultados e a necessidade da empresa de ajustar as metas no meio de ano, para garantir que nenhum banrisulense seja prejudicado no processo.
Ao longo do debate, outros pontos foram citados pelos sindicalistas, que serão tratados em plenária virtual, agendada para o dia 4 de novembro, 18h30, para ouvir as demandas da base e trazê-las para a próxima Mesa. A próxima rodada com o Banco ficou agendada para quinta da semana que vem. A COE manterá a categoria informada sobre cada avanço nas negociações.
Durante a reunião, a COE reforçou que o PPR é um instrumento de valorização e motivação dos banrisulenses, e que a negociação deve resultar em um modelo transparente, com critérios objetivos e metas alcançáveis, condizentes com a realidade operacional do Banco.
Pendências da Reestruturação
No início da reunião, o Movimento Sindical voltou a apontar problemas decorrentes da implementação da nova estrutura de cargos, sinalizando a necessidade de eventuais ajustes. Após breve debate, ficou agendado para o inicio da segunda quinzena de novembro, uma Mesa para tratar especificamente do tema da reestruturação.
A COE insistiu ainda na constatação de que o estrutura organizacional do Banrisul favorece a prática do assédio moral nos locais de trabalho, o que tem resultado em um número assustador de afastamentos por doença, sendo grande parte relativa a problemas mentais/emocionais. Diante disso, foi solicitada que na próxima reunião da Comissão Paritária de Saúde, o assunto seja aprofundado.