Atenção! O Portal dos Bancários RS utiliza cookies neste site, eles são utilizados para melhorar a sua experiência de uso e estatísticos.

Movimento sindical | 04/08/2021
Encontro Nacional define plano de lutas contra ataques do Santander

O Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, realizado nesta terça-feira (3) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco, trouxe aos delegados o debate sobre os planos de previdência fechados, os ataques que os mesmos vêm sofrendo, tanto da parte dos bancos quanto do governo, e a análise dos resultados do balanço do banco e da holding de empresas grupo.

“No Encontro Nacional, vimos pautas que expõem o que está acontecendo hoje dentro do banco, principalmente ataques aos trabalhadores, com falta de funcionários, terceirizações, precarização das relações de trabalho e previdência complementar”, explica o funcionário do Santander, secretário Executivo do SindBancários e representante dos gaúchos na Comissão de Organização dos Empregados (COE), Luiz Cassemiro.

“Há um forte ataque aos planos fechados, com os bancos querendo ocupar espaço para vender planos privados de previdência complementar e o governo tentando reduzir suas responsabilidades com a pensão dos trabalhadores”, afirmou o ex-diretor eleito da Previ e ex-vice-presidente da Anapar, José Ricardo Sasseron. Para Sasseron, há uma disputa muito grande entre os bancos e os fundos fechados de previdência.

Sasseron disse, ainda, que a Previc, que é quem deveria regular o funcionamento dos planos fechados de previdência, está atualmente mais ao lado das empresas patrocinadoras dos fundos de pensão do que dos participantes, inclusive em relação ao desrespeito aos contratos entre os participantes e as empresas patrocinadoras dos planos, citando as mudanças pretendidas nas leis complementares 108 e 109, para permitir que as empresas possam patrocinar mais do que um plano de previdência e liberar a administração destes por bancos e outras empresas financeiras.

O debate sobre os ataques aos planos de previdência continuou com apresentações sobre os planos fechados do Santander (Banesprev, Sanprev, SantanderPrevi e Bandeprev).

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, Mario Raia, o debate sobre os planos de previdência foi muito rico. “É importante unificar a luta dos funcionários do Santander, mas também com os trabalhadores de outras empresas que têm planos de previdência fechados”, disse. “Estes ataques fazem parte de um arranjo dos bancos e empresas que têm interesse em ocupar este mercado com o governo. Para defendermos todos os planos de previdência privada fechada do país é importante nos unificarmos também nesta luta”, completou o dirigente da Contraf-CUT.

Dados do balanço

No período da tarde, a economista Catia Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou dados sobre o balanço do banco e informações importantes sobre empresas que fazem parte da holding do Santander.

No segundo trimestre de 2021, o Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões, crescimento de 98,4% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado. O lucro obtido nos primeiros seis meses no Brasil representou 22,5% do lucro global do conglomerado, que foi de € 4,205 bilhões.

“É importante ressaltar que foi o maior lucro trimestral alcançado pelo Santander no Brasil”, observou a economista do Dieese. “O banco continua acelerando a tendência de forte crescimento já vista nos últimos anos”, completou.

Mas, Catia também destacou a redução de postos de trabalho bancários e a contratação de trabalhadores não bancários por empresas que fazem parte da holding. “São contratações com representações de outras categorias, que não possuem Convenção Coletiva de Trabalho nacional, como os bancários, então pode haver diferenças de direitos conforme o estado e até a cidade onde as empresas estão estabelecidas”, disse.

Plano de lutas

Ao final do encontro, os delegados apresentaram propostas de ações para resistir aos ataques contra os direitos dos trabalhadores e avançar na conquista de novos direitos.

“O Santander vem adotando uma postura intransigente, com ataques aos direitos e tomada de medidas sem que haja negociações com a representação dos trabalhadores. A COE vai analisar as propostas apresentadas para lutarmos contra isso e sintetizá-las para a mobilização dos trabalhadores na ação contra estes desmandos do banco”, disse a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.

Tanto o plano de lutas, quanto os documentos e apresentações feitas durante o encontro serão disponibilizadas aos representantes da COE e das entidades sindicais que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários, que se encarregarão de fazer o repasse para suas bases.

Fonte: Contraf-CUT

OUTRAS MATÉRIAS
#APOSENTADORIA | 28/03/2024
Justiça determina que VR e VA sejam considerados como contribuição para aposentadoria
Em agosto de 2023 saíram as primeiras sentenças favoráveis aos(às) trabalhadores(as). Em janeiro passado, um número considerável de bancários(as) também obteve vitória.  
#MOVIMENTOSINDICAL | 28/03/2024
BB atende movimento sindical e contrata 88 para preencher vagas em CRBBs
Trabalhadores alertam que é preciso mais contratações para eliminar claros não apenas nas centrais de atendimento, mas em todas as áreas do banco.
#PREVI | 28/03/2024
Fetrafi-RS e Contraf-CUT apoiam Chapa 1 "Previ para os associados"
Conheça as propostas do grupo que defende os interesses das associadas e associados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.