Reunidos na Praça Coronel Pedro Osório, no final da tarde desta quinta-feira (11/07), bancários e bancárias de Pelotas e Região atenderam ao chamado do Sindicato e participaram ativamente da ação de solidariedade, voltada às pessoas em situação de rua, que marcou o lançamento da Campanha Nacional 2024.
Durante o ato, foram arrecadados cobertores e distribuídos lanches para a população em situação de vulnerabilidade. Os próprios diretores do Sindicato estabeleceram toda a logística, que contou com a preparação e distribuição de cachorro-quente e refrigerante, além de um amplo e democrático diálogo com a população que transitava pelo local, chamando à atenção para as pautas de reivindicação da categoria.
Conforme explica a diretora Raquel Gil de Oliveira, que é também diretora da Fetrafi-RS, é preciso que os bancários fiquem atentos não apenas à pauta econômica, mas, também ao cuidado com a saúde mental. “A nossa luta não é apenas por melhores salários, mas por qualidade de vida. O lançamento de uma campanha salarial, que prioriza a solidariedade, como já demonstrado, recentemente, aqui, no Rio Grande do Sul, durante as enchentes, procura evidenciar justamente que os bancários são seres humanos e que sofrem com assédios nas agências bancárias. É necessário que estes assédios parem de acontecer. O adoecimento mental da categoria bancária é muito alto. E é por isso que nós estamos trazendo esta pauta significativa para nós: chega de adoecimento mental, chega de depressão, chega destes altos índices de suicídio da nossa categoria”, disse.
Para o diretor Lucas da Cunha, o lançamento da Campanha cumpriu o seu papel, reunindo dezenas de colegas em uma mobilização que está apenas começando e deve agregar ainda mais bancários nas próximas atividades que estão sendo planejadas para os meses de julho e agosto. “Com esta mobilização foi possível mostrar para a comunidade de Pelotas que estamos organizados em prol da manutenção e ampliação dos nossos direitos”, explica o dirigente sindical.
Na Campanha deste ano, além de aumento real de 5% (inflação + 5%) e de uma PLR maior, os bancários cobram o fim do assédio e dos instrumentos adoecedores na cobrança de metas, além da defesa dos empregos, da redução da taxa de juros e da tributação dos super ricos. O fortalecimento do sindicato, com a ampliação no número de sindicalizados, e o debate sobre a importância do posicionamento da categoria em defesa de candidaturas comprometidas com as demandas da classe trabalhadora, nas eleições municipais, também estão entre os principais eixos da Campanha, que teve a minuta aprovada durante a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.
Redação e fotos: Eduardo Menezes