Em reunião realizada na sexta-feira (19/01), o Comando Nacional dos Banrisulenses deliberou pela aprovação da proposta, construída pelo movimento sindical e aceita pela direção do Banrisul, que revoga a implantação do Plano de Cargos, Salários e Funções (PCFS) e restabelece o Regulamento de Pessoal e o Adicional de Dedicação Integral (ADI) para as funções comissionadas, inclusive com pagamento retroativo da gratificação.
Na avaliação do Comando, essa foi uma das maiores vitórias do movimento sindical bancário dos últimos anos. O novo PCFS, construído de forma unilateral pela direção do banco, resultaria em uma desestruturação das carreiras e retirada de direitos conquistados ao longo da história. Sem falar que colocaria os(as) novos(as) empregados(as) em um patamar muito inferior aos(às) antigos(as), promovendo uma disputa interna entre colegas.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Luciano Fetzner, o projeto visava instalar o caos para justificar uma futura privatização do Banrisul. "Com a negociação mediada pelo MPT [Ministério Público do Trabalho], foi possível comprovar uma série de elementos que deixavam claro que esse projeto de PCFS era criminoso e só preparava o Banrisul para ser privatizado, além de desestruturar a carreira. A revogação do mesmo é uma vitória acachapante, construída pela luta coletiva e que irá beneficiar todo mundo", ressaltou.
A diretora da Fetrafi-RS, Raquel Gil de Oliveira, disse que o longo e exaustivo processo de luta pelo cancelamento do novo regulamento de pessoal e do PCFS, "além de ter contado com o apoio dos colegas, foi um baita exercício de resistência". Ela atentou para a importância de se destacar os efeitos positivos da conquista para os(as) novos(as) empregados(as), como forma de valorizar a atuação sindical e atrair novos(as) companheiros(as) para a luta. A dirigente lembrou também que no Banco do Brasil houve a implementação de um plano semelhante feito pela mesma empresa e até hoje pressiona e causa adoecimento mental nos colegas da categoria. Na Caixa Econômica Federal os colegas lutam há anos para que todos fiquem enquadrados em um mesmo plano de carreira e não conseguem.
Ao comemorar essa importante vitória do movimento sindical, Ana Betim, diretora da Fetrafi-RS, lembrou que ao tomar conhecimento de que o Banrisul estava apresentando um novo PCFS aos(às) bancários(as), sem antes dialogar com o movimento sindical, o Sindicato começou a agir imediatamente, buscando o máximo de informações possíveis. "Já tínhamos motivo para desconfiar, porque haviam implantado no BB e na Caixa um plano semelhante, que retirou vários direitos dos empregados. Graças à agilidade do movimento sindical, conseguimos impedir que o mesmo fosse feito no Banrisul".
Sérgio Hoff, diretor da Fetrafi-RS, observou que, para além do efeito prático em si, o fato de o banco recuar e atender à reivindicação do movimento sindical, acena para uma mudança de cultura organizacional dentro do Banrisul, cuja direção estaria mais aberta a dialogar com os(as) trabalhadores(as). "Logo na sequência, precisamos começar a discutir um plano de carreira completo, que garanta isonomia para todos(as) os(as) funcionários(as)", pontuou.
O Comando agradeceu a todos(as) os(as) bancários(as) que atenderam ao apelo de não migrar para o novo PCFS, pois esse movimento foi fundamental para pressionar o banco e vencer essa queda de braço.
Diante disso, a recomendação agora é VOTE SIM!
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Assessoria Fetrafi-RS