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O encontro desta quarta (07/08), entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banrisul e os negociadores do Banco, mais produtivo e positivo que o anterior, esclareceu algumas questões postas em mesa e trouxe a perspectiva de negociação de importantes demandas dos banrisulenses.

Na avaliação dos coordenadores da COE, houve avanço em pontos importantes como: 

1. Concessão automática do auxílio emergencial, sem necessidade de requerimento formal por parte do bancário ou bancária afastado por doença;
2. Discutir o pagamento do vale transporte em dinheiro mediante solicitação do(a) empregado(a);
3. Política de concessão de crédito que leva em conta aspectos sócio-ambientais (Antes de aprovar um empréstimo, o Banco consulta listas de embargos dos órgãos que regulam o meio ambiente. O mesmo é aplicado em relação às empresas que tenham histórico de trabalho escravo. O critério vale também para contratação de fornecedores em licitações);
4. Apresentação de uma contraproposta para o auxílio transferência; 
5. Abertura de uma mesa de negociação paralela para debater PPR (proposta do Banco) e outra para debater Metas (proposta da COE).

A COE (antigo Comando Nacional dos Banrisulenses) reforçou em mesa outros três pontos, sobre os quais os negociadores ficaram de trazer resposta na próxima reunião. São eles:

1. Concessão de uma cesta adicional para todos os(as) banrisulenses, em virtude da calamidade;
2. Melhora na remuneração dos Operadores de Negócios (ONs), que tiveram uma perda salarial significativa com o fim das RVs;
3. Aumento do percentual da PLR de 1,8% para 4%.

Na próxima terça, dia 13 de agosto, às 18h, acontece a Plenária Virtual dos Banrisulenses, através da plataforma Zoom, com transmissão pelo canal do Youtube. Nesta ocasião, a COE vai prestar todas as informações  sobre o andamento da negociação e esclarecer dúvidas.

A próxima reunião com o Banrisul ficou agendada para o dia 15 de agosto, no período da tarde. A data foi definida como Dia de Luta, em que haverá mobilizações nas agências e nas redes sociais. Nesse dia, o Movimento Sindical convoca os banrisulenses a usarem roupas pretas.

O que falaram os membros da COE sobre os temas: 

Retorno dos caixas

O movimento sindical reivindica o fim do caixa eventual e a possibilidade daqueles(as) que deixaram a função retornarem, se houver necessidade.

"Há um número expressivo de bancários atuando na função, mas sem receber as verbas que os caixas fixos recebem. Sabemos que há uma alta demanda por atendimento social, então os colegas deveriam poder voltar a atuar como caixas fixos”, Sérgio Hoff, diretor da Fetrafi-RS

"É muito ruim os colegas receberem aviso do Banco dizendo que, se participarem do programa de requalificação, não poderão voltar a ser caixas fixos, sendo que isso não foi negociado e não está previsto no nosso ACT”, Letícia Raddat, presidenta do Sindicato dos Bancários de Santa Rosa. 

"O que se vê são colegas novos indo pros caixas, enquanto os antigos não recebem oportunidades em outras funções e sofrem pressão para sair do Banco. Há muita discriminação por causa da idade e tempo de serviço e esses trabalhadores não estão tendo chances de crescer na carreira”, Ana Betim Furquim, diretora da Fetrafi-RS. 

"Muitos colegas que eram caixas foram relegados a funções que antes eram de estagiários, o que menospreza os trabalhadores e tensiona pra que abandonem a carreira. Além de prejudicar o atendimento nas agências. Por isso, o tema merece um olhar mais atento do Banco”, Eduardo Poffal, diretor do Sindicato dos Bancários de Rio Grande.  

PPR

O Banco propôs discutir a PPR em uma mesa paralela, mas a COE reivindica que o debate aconteça junto com o tema das metas, tendo em vista que os dois assuntos estão diretamente relacionados.

"Fica difícil fazer acordo sobre PPR sem discutir metas, pois o PPR acaba passando pelas metas e isso tem causado problemas para os colegas. Para quem está lá na ponta, nas agências, cerca de 50% atinge por volta de 80% das metas. Já para quem atua em outros setores, 100% atinge 100% ous mais das metas. Há essa disparidade, por isso precisamos debater em uma mesa sobre metas”, Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS e coordenadora da COE Banrisul.

PLR Banrisul

Sobre o PLR Banrisul, hoje em 1,8%, a reivindicação das entidades é para equiparação ao PLR Social da Caixa, de 4%. 

"Essa PLR é uma das mais democráticas, distribuída linearmente, e serve como um estímulo aos colegas, que se enxergam no trabalho bancário, se sentem valorizados e sentem que vale a pena trabalhar no Banco”, Sérgio Hoff.

"A pressão para cumprir metas não estimula, só adoece, o que estimula é o reconhecimento. A pressão não melhora o atendimento nem a economia do Banco. E os colegas pesam isso na hora de escolher onde trabalhar", Raquel Gil.

Adiantamento automático do auxílio emergencial

O Movimento Sindical defendeu a concessão automática de adiantamento, a fim de evitar um limbo, como tem acontecido com frequência. 

"É mais fácil pro colega devolver depois se for o caso do que estar doente e ficar sem recursos. Outros bancos já fazem isso e não há reclamação dos trabalhadores. As pessoas não podem ficar um mês sem receber, isso desestrutura alguém que já está fragilizado. Então apelamos pro Banrisul que entenda a situação, conceda o adiantamento automático e acabe com o limbo econômico", Raquel Gil. 

Promed

A COE pede que o Promed (auxílio de 50% na compra de medicamentos) seja estendido aos novos funcionários.
 
"O Promed foi o primeiro benefício social para os banrisulenses e se manteve ao longo do tempo. Passou para a Fundação, pra Cabergs, mas o Banco que tem que assumir. Não podemos deixar cair este tipo de benefício, por isso a manutenção é válida para os novos trabalhadores, já que os antigos recebem", Fábio Soares, diretor da Fetrafi-RS.

"Batalhamos para que os novos banrisulenses tivessem isonomia com os antigos no plano de carreira e queremos isso também em relação aos benefícios", Sérgio Hoff.

Confira a pauta de reivindicações na íntegra.

Fonte: Assessorias de Comunicação da Fetrafi-RS e do SindBancários Poa