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Bancos | 21/03/2022
Santander, não concordamos com o retorno do grupo de risco ao presencial

Em reunião com o Santander, na manhã desta sexta-feira (18), o movimento sindical bancário reforçou que é terminantemente contrário ao retorno ao presencial dos trabalhadores do grupo de risco para covid-19. O comunicado do banco, divulgado nesta semana, convoca todos os trabalhadores que têm comorbidades, incluindo grávidas e funcionários não vacinados, para o trabalho presencial a partir de 4 de abril.

“Nessa reunião, que contou inclusive com a médica do trabalho que assessora o banco, deixamos claro que essa medida é uma temeridade, principalmente com a chegada da variante Deltacron no Brasil e no mundo. Ainda não podemos falar em fim da pandemia. Quem determina o fim da pandemia é a OMS e não o governo federal”, destaca a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander), Lucimara Malaquias.

Diante da postura do Santander, o Sindicato orienta os bancários e bancárias que não se sentirem seguros em voltar ao presencial que procurem seus médicos assistentes para laudos que indiquem a condição de saúde do trabalhador e se há ou não segurança para o seu retorno. Pois o banco se comprometeu em avaliar individualmente os casos em que o médico do trabalhador não recomenda o retorno.

O banco também se comprometeu em analisar individualmente os casos de não vacinados que têm justificativa médica para não terem tomado a vacina contra o coronavírus.

“É importante ressaltar que o médico do trabalho tem responsabilidade legal em todas as assessorias e orientações que ele dá para o banco Santander”, enfatiza a dirigente sindical.

Além disso, o movimento sindical está tirando um calendário de lutas e denúncias contra o Santander. “Aumentaremos a mobilização nacional contra essas medidas e estamos estudando inclusive denúncias formais a órgãos competentes. O momento é de apreensão, a pandemia não acabou e a responsabilidade é de todos na prevenção do vírus”, conclui.

Carta ao Santander e mobilização nacional

Ainda nesta sexta-feira, o Sindicato enviou carta ao banco reforçando a posição contrária ao retorno e elencando reivindicações do movimento sindical na tentativa de minimizar os impactos e riscos para esse grupo. Entre elas:

  • A reivindicação de que se mantenha a obrigatoriedade do uso de máscaras, independentemente da legislação local;
  • Exigimos que a equipe médica do Santander forneça um documento no qual especifique tecnicamente quais são as medidas que o banco está tomando para garantir a segurança, a saúde e a vida dos trabalhadores de maior risco.

Sindicatos apontam obrigação do Santander de garantir a saúde dos funcionários no local de trabalho

Para o secretário executivo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Luiz Cassemiro, as mortes têm sido controladas graças à vacinação, no entanto, isto não é sinônimo que o número de infecções pelo coronavírus tenha diminuído.

“Temos cada vez mais evidências de ocorrência de efeitos tardios e sequelas das mais variadas ordens por conta das contaminações com a covid-19. Não podemos banalizar a possível proliferação da doença, mesmo que o número de mortos tenha caído”, enfatiza o diretor.

Cassemiro alerta que o movimento Sindical é contrário ao retorno presencial dos trabalhadores do grupo de risco, uma vez que sua condição de saúde não está em sua governabilidade pessoal.

“Cabe ao Santander, como empregador, garantir segurança no ambiente de trabalho. Fazem parte do direito internacional e do direito do trabalho dispositivos que defendem essa premissa como direito humano básico e fundamental, garantias de saúde e, sobretudo, à vida”. Mesmo com todo o protocolo não é possível garantir que o ambiente de trabalho esteja livre de Covid-19. O banco Santander tem total condição sistêmica, logística, financeira e operacional para garantir o trabalho remoto, como já vem ocorrendo desde o início da pandemia”, pontua.

Confira a íntegra da carta que a COE enviou para o Santander

Fonte: SindBancários POA e Região Metropolitana

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