Atenção! O Portal dos Bancários RS utiliza cookies neste site, eles são utilizados para melhorar a sua experiência de uso e estatísticos.

Direitos dos trabalhadores | 23/11/2021
Mais uma vez, governo tenta acabar com vales refeição e alimentação

O governo Bolsonaro prepara novo ataque aos trabalhadores. Agora o presidente quer limitar por decreto a dedução do Imposto de Renda das empresas na concessão de vales refeição e alimentação. O Decreto nº 10.854 pode entrar em vigor a partir do dia 11 de dezembro e estabelece que apenas os valores pagos até um salário mínimo poderão ser descontados da base de cálculo do Imposto de Renda das empresas que oferecem o benefício a seus trabalhadores.

Outro ataque no decreto de Bolsonaro é que o abatimento dos vales só deverá ser aplicado para os rendimentos de até cinco salários mínimos. A previsão é que o decreto pode ser questionado na Justiça. Cerca de 280 mil empresas em todo o país oferecem os benefícios para parte dos 22,3 milhões de trabalhadores. Sem a isenção fiscal, a tendência é que os empresários desistam desses benefícios.

Canetada

“Bolsonaro já estava tentando passar essa restrição pelo Congresso, quando houve reação contrária e os parlamentares recuaram. Agora quer praticar essa maldade pela canetada. Mas esse benefício está previsto em lei e somente outra lei poderia restringir”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. O decreto é contrário à redação da Lei nº 6.371, de 1976 e cria restrições que não constam na lei.

“De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério da Economia, em 2019, 55% da categoria bancaria, mais de 280 mil pessoas, ganhavam acima de cinco salários mínimos. Portanto, o valor gasto pelos bancos com o vale dessas pessoas não entraria mais nos benefícios fiscais. Isso é um desincentivo para as empresas pagarem ticket”, alertou Gustavo Cavarzan, economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diesse) e assessor da Contraf-CUT.

“Restringir os vales refeição e alimentação prejudica os trabalhadores que conseguiram esses benefícios com muita luta, mas também é um ataque às pequenas e médias empresas que oferecem refeições e alimentos a esses trabalhadores. A economia vai ficar ainda mais travada e a alimentação ficará mais cara. É assim que Bolsonaro afunda mais o país”, criticou a presidenta da Contraf-CUT.

Nova tentativa

O decreto que restringe esses benefícios é mais uma tentativa do governo de acabar com direitos dos trabalhadores. Na metade do ano, Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, propunham a extinção dos vales refeição e alimentação. A extinção foi incluída na proposta de Reforma Tributária, mas retirada diante das inúmeras críticas de vários setores da sociedade.

Contraf-CUT

OUTRAS MATÉRIAS
Consulta Nacional | 18/04/2024
Diz aí bancário! O que você quer para a campanha deste ano?
Todas as bancárias e bancários, sindicalizados ou não, podem participar da Consulta Nacional e ajudar a construir a pauta de reivindicações da campanha nacional; data-base da categoria é 1º de setembro
Caixa Econômica Federal | 18/04/2024
Eleições da Funcef: se liga nas propostas dos nossos candidatos
Analise e comprove que as propostas são condizentes com as necessidades dos participantes dos planos de previdência da Funcef
Economia | 18/04/2024
Economia para Transformação Social: terceiro módulo do curso ocorre na terça (23)
Encontro será na modalidade remota, das 19h às 22h; ainda pode se inscrever quem não participou da primeira aula