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Movimento sindical | 06/08/2021
Bancários do Itaú querem emprego, saúde e melhores condições de trabalho

Os 159 delegados e delegadas participantes do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado virtualmente na tarde desta quinta-feira (5), definiram sua pauta de reivindicações específica. “Nós queremos retomar com o banco a negociações de cada um dos pontos debatidos aqui. Este encontro é fundamental para conhecermos a realidade de todo o Brasil e assim definir estratégias que contemplem todos os trabalhadores do Itaú. Este é o papel do movimento sindical, defender todos que estão dentro da empresa”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

"Tão importante quanto as nossas reivindicações é a nossa luta pela saúde, melhores condições de trabalho e a manutenção do emprego, porque o lucro imoral do Banco demonstra que ele tem como melhorar nesses pontos com os seus funcionários", ressaltou o representante da Fetrafi-RS na COE Itaú, Eduardo Munhoz.

Saúde do trabalhador

Saúde do trabalhador foi o tema da primeira mesa de trabalho do encontro nacional. “O tema de saúde sempre foi muito importante para o movimento sindical bancário. Com a pandemia, ganhou ainda mais importância. Para mim é uma honra participar deste encontro, em especial, pois a COE Itaú sempre se destacou na luta pela saúde e condições de trabalho”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Passamos por uma fase de muita luta e ainda temos muita luta. A vacinação começou, mas está longe de ser o ideal. Por isso temos continuar na luta pelo real cumprimento dos protocolos de saúde e segurança que negociamos com a Fenaban no começo da pandemia e na luta pela vacinação de todos os bancários”, afirmou Mauro Salles. “São desafios muito importantes, pois acredito que vamos continuar convivendo com a pandemia, vamos ter que continuar nos cuidando, cuidando dos colegas, além de continuar cuidados de outros problemas que tendem a aumentar. Por isso, mais do que nunca temos que ter a capacidade de entender a situação, para melhor negociar e estabelecer as estratégicas de enfrentamento sindical, para garantir melhores condições de trabalho para a nossa categoria”, completou.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT também abordou a possível pressão pela volta dos bancários. “O acordo que tivemos com a Fenaban é que não haverá volta sem negociar os critérios, com um protocolo único mínimo de procedimento. Temos que continuar protegendo os trabalhadores de riscos à sua saúde. Uma eventual volta só pode acontecer com a vacinação completa. Mesmo assim, temos de pensar em outros problemas que podem vir a acontecer. Temos que ter tranquilidade, pois estamos lidando com a vida das pessoas. Os bancos também têm de ter responsabilidade neste processo. Não pode ser só negócio.”

Emprego

Os trabalhos continuaram com o painel sobre Emprego. Os delegados e delegadas debateram os números apresentados pela economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cátia Uehara, no início do encontro. “Nós temos que abrir negociações sobre as metas e sobre os programas de remuneração, que muitas vezes são usados como justificativas para as demissões”, disse Valdenia Ferreira, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Mina Gerais (Fetrafi-MG) na Comissão de Organizados dos Empregados (COE) do Itaú.

Remuneração

O terceiro ponto debatido na pauta foi remuneração. Os delegados e delegadas mostraram que instabilidade e medo de demissões são os resultados da implementação do GERA, programa de remuneração variável criado para substituir o AGIR. “Desde o início da mudança do agir a COE vem tentando negociar essas mudanças. O banco fez uma apresentação para a gente, que seria melhor para todo mundo, mas na verdade não foi isso que aconteceu. Por isso, temos que continuar negociando”, convocou Valeska Pincovai, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante da COE Itaú.  “Nas pesquisas feitas pelos sindicatos percebemos que o GERA causou acúmulo de funções, aumentos as metas, sobrecarga de trabalho, assédio moral, entre outras pioras na comparação com o Agir, que já tinha diversos problemas”, completou.

“Nós precisamos de transparência do banco para podermos negociar melhorias nesses programas. Nós conversamos com os trabalhadores e eles estão infelizes com a mudança, como é que o banco vem falar que só tem coisas boas?”, questionou Maria Izabel, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da COE.

GT Saúde

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú foi o tema da quarta mesa de debate do encontro nacional. Luciana Duarte, coordenadora do GT, fez um resgate das negociações feitas no último período. “É muito importante ressaltar a importância de o movimento sindical ter conquistado o GT de Saúde no Itaú. Desde que o grupo foi crido estamos constantemente negociando temas tão sensíveis ao dia a dia do banco, que é saúde do trabalhador. Durante a pandemia, este trabalho ganhou ainda mais importância. Falta muito a se avança, mas estamos no caminho certo, aos poucos avançando para termos uma condição de trabalho digna”, declarou Simoni Nascimento de Abreu, membro do GT de Saúde do Itaú.

Fundação Itaú

O Último tema debatido pelos delegados e delegadas do encontro foi Fundação Itaú. Foi feito um breve relato sobre todos os planos e um resgate das últimas eleições, realizadas em maio. “Os ataques que os fundos de pensão em sofrendo já é um debate bastante disseminado. Eles querem que os fundos fiquem nas mãos dos bancos, sem representatividade dos trabalhadores. Esse é o sonho deles. Não temos nenhum técnico, mas somos participantes e temos interesses para que tudo dê certo. Nós temos que estar agindo para ver onde há espaços para beneficiar os trabalhadores”, afirmou Erica Godoy, conselheira da Fundação.

Fonte: Contraf-CUT

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